João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, nascido no Porto, educado na Ilha Terceira e depois em Coimbra, onde se matriculou no curso de Direito, destacou-se na sociedade portuguesa como escritor e político.

Liberal, entusiasta da Revolução de 1820, Almeida Garrett foi obrigado a exilar-se após o golpe de 1822, no qual o liberalismo foi derrotado. Durante o exílio, primeiro em Inglaterra, onde toma contacto com o movimento romântico, e depois em França, na região do Havre, Garrett afirmou-se como um dos introdutores do Romantismo em Portugal, fixando uma viragem na literatura portuguesa, que passou a privilegiar os valores e a história nacionais.

Grande impulsionador do teatro em Portugal, promoveu a edificação do Teatro Nacional e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Visando a renovação da dramaturgia portuguesa, escreveu e levou à cena peças de carácter histórico.

No âmbito do culto patriótico, foi de sua iniciativa a ideia de criação de um Panteão Nacional, a ser instituído no Mosteiro dos Jerónimos, que, à imagem dos modelos francês e inglês, homenageasse alguns dos mais insignes heróis nacionais. Os seus restos mortais viriam a ser ali depositados, em 1903, sendo trasladados para Santa Engrácia em 1966, aquando da inauguração do monumento como Panteão Nacional.