“Criarei apenas o que não consigo imaginar” é um ensaio que assume a cisão entre a coreografia e a dança, no que a primeira tem de estruturante e a segunda de transformador, mas também entre o carácter coletivo e individual de uma e de outra, para conferir aos corpos a capacidade de modulação diferencial do movimento em relação às estruturas de dependência que atuam consensualmente entre si. Três corpos negoceiam proximidades e distâncias, afinidades e desfasamentos, velocidades e desejos, numa dança que é simultaneamente comum e desconhecida, num espaço que está tanto dado como por dar.

Assim é apresentado o espetáculo com coreografia de Carlos Manuel Oliveira e com interpretação de Elizabete Francisca, Luís Guerra, Carlos Manuel Oliveira, produzido pela Associação Parasita e que será apresentado no Panteão Nacional nos próximos dias 20 e 21, às 18 horas.