António Óscar de Fragoso Carmona, descendente de militares (era filho de um general do Exército e o seu avô tinha sido um herói da Guerra Peninsular), nasceu em Lisboa, formou-se no Colégio Militar (1882-1888) e na Escola do Exército (1889-1892).

Oficial de cavalaria, Óscar Carmona construiu uma carreira destacada nas Forças Armadas, ascendendo a marechal, em 1947.

Ao longo do seu percurso profissional e político desempenhou diversos cargos relevantes: Diretor da Escola Prática de Cavalaria de Torres Vedras (1918-1922), Ministro da Guerra (1923), presidente do Ministério (1926-1928) e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1926). Em 1926 foi nomeado Presidente da República na sequência da renúncia de Bernardino Machado. Foi o décimo-primeiro Presidente da República Portuguesa e, a partir de 1933, o primeiro do Estado Novo.

Destacando-se pela sua habilidade política, facilidade de relacionamento e competência técnica, Carmona surgiu como uma solução de consenso, com forte poder arbitral, para enfrentar três questões fundamentais para o regime de Salazar: as relações entre os militares; as relações entre os militares e os políticos; e as relações entre monárquicos e republicanos.

Óscar Carmona permaneceu no cargo de Presidente da República durante um quarto de século, até à data da sua morte, ocorrida a 18 de abril de 1951. Foi o Presidente da República Portuguesa que mais tempo permaneceu em funções.

Sepultado no Mosteiro dos Jerónimos, foi trasladado para o Panteão Nacional em dezembro de 1966, aquando da sua inauguração.